"The Expendables" significa..Os Explendorosos...uuuii!
Ora vamos, não é implicância. Desde o primeiro trailer de Os Mercenários eu me perguntei “Mas o que Stallone tá querendo com esse cavanhaque e essa cara de cafetão gay ?”. Pessoal, é sério! Sabe aquelas narrativas do Seu Peru (da escolinha do Prof. Raimundo) em que ele distorcia a história revelando que todo mundo era da irmandande, pois é. No filme, Sly lidera um grupo de mercenários contratados para eliminar um ditador fictício de uma ilha marionete, ops. Aliás, a contratação é de levar às lágrimas os fãs, juntando na mesma cena: Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone e Ivo Pitanguy – por segurança, para não deixar extrapolar o nível de botox permitido num único take de cinema.
Silvestre e o chegado que tem mais afeto, Jason Statham, resolvem visitar a ilha “pra ver qual é”, cujo contato é "Bela, a Feia" (em versão gata, lógico). Após essa visita básica de rotina e reconhecimento que resulta em 41 soldados mortos e um porto em chamas, Rambo acha de bom tom não aceitar o serviço, dizendo tratar-se de uma cilada, Bino! Quem manda naquela birosca na verdade é um ex-agente da CIA, o vilão Eric Roberts, que desta vez arranjou um gigante da luta-livre e ressuscitou Gary Daniels, protagonista dos filmes de porrada mais esquecidos da década passada.
Acontece que, mesmo cancelando o contrato e agora sem ganhar um único centavo, Stallone resolve voltar a ilha com seu esquadrão-testosterona porque é um entusiasta da tatuagem... e a moça faz uns desenhos loosho! Por falar nisso, cansado de tentar matar o Homem de Ferro, Ivan Vanko (Mickey Rourke) tornou-se o tatuador oficial do grupo. Tem uma parte em que ele chega de moto com uma garota na garupa e bate na bunda dela no melhor estilo “UUUhuuu, adoraria ter uma assim!”. Eu heim...
"-Te disse que aqui era tudo de BOUA, olha o naipe da Ugly Betty brasileira! E olha que ainda nem ganhamos o nosso macaco!"
Pra quem gosta do gênero e criou expectativas de um PUTA filme de ação dos infernos, eu achei fraco. Peralá, estamos falando de Sylvester Stallone e a reunião de ícones da vingança solitária com explosões ao fundo. Arrisco-me a dizer que qualquer um dos atores já participou de algum filme de ação melhor que este (de acordo com meus critérios totalmente subjetivos) em alguma de suas aventuras-solo.
Como sempre, Jason Sthatam é o destaque das cenas, quebrando, esfaqueando ou atirando (ao mesmo tempo), tudo com golpes perfeitos bonitos de se ver, sem nunca deixar de ser um gato...e careca. Depois de detonar 6 caras numa quadra de basquete, eu juro que o ouvi falando: “Agora você já sabe o meu trabalho...sou porradero!”.
Por ter ajudado a quebrar a hegemonia do herói bombado de filmes de ação, o diretor deu a Jet Li nada mais que um castigo justo: servir de saco de pancadas do Dolph Lundgren durante o filme inteiro.
E no final, depois que tudo é destruído, Giselle Itié vem toda insinuante “– E ai, Sly, você vai voltar? / - Valeu, tchau!”. As palavras finais de Jason para Sylvester (e seu cavanhaque bem definido) dentro do avião, pra mim soaram assim : “- Puxa, Lone, sabe o que é pior de tudo? Eu achei que ela não fosse o seu tipo...SUA LOUKA!” Os Mercenários é isso, uma trupe de bichonas aposentadas que precisam muito se auto afirmar explodindo tudo e a todos de graça.
“Garçom, gostaria de Van Damme, Steven Seagal e Chow Yun Fat no elenco do próximo filme, sim? Obrigado."
NOTA - A rede de cinemas Moviecom (a única da cidade) nos deu como única opção, uma única sala, com uma única cópia dublada, no Shopping Castanheira (fica na entrada de Belém - PA). A distância, a falta de opção ou dublagem será a última coisa que você irá se preocupar quando começar a não escutar porra nenhuma do que os atores falam – ou estou ficando surdo ou o som de lá é uma porcaria.
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