segunda-feira, 1 de março de 2010

“Quebrando Regras”, de Jeff Wadlow (2008)

A não ser dentro do cinema, meu irmão é um cara que não consegue ficar quieto vendo filmes. Ele sempre explica o nome dos golpes em filmes de porrada, procedimentos militares, técnicas erradas de primeiros socorros e etc. Uma péssima companhia para quem quiser fazer coisas significativas como...entender o filme. Além de ser um cara técnico das ciências exatas, o que de forma alguma justifica o fato d’ele evitar um filme mais “cabeça” - como dizem, meu irmão também é do corpo de bombeiros. Portanto, filme de drama então, nem pensar... “já basta o que eu passo todo dia na vida real”, diria ele com simplicidade. Já cansei de passar bons filmes para ele chegar no final e dizer “Rapaz, esse Bastardos Inglórios é um lixo!”.



Não, isto não é "Velozes e Furiosos".

Pra você que se importou com o uso do nome Karate Kid num suposto remake forçado em que todo mundo luta kung fu, que tal uma mistura de Karate Kid + Clube da Luta num filme teen? Se você tem um amigo ou irmão parecido com o meu, a sessão de sucesso é Quebrando Regras (Never Back Down): nada de quebra-cabeças ou reviravoltas, nada de desconstrução da narrativa, nada de pessoas com câncer e exemplos de vida. O jeito é sentar e relaxar diante de uma história em que você já sabe tudo o que irá acontecer.

Pegue o roteiro do Karate Kid, faça o garoto praticar MMA (Mix Martial Arts) com um mestre afrodescendente (mas “negão” é bem melhor) que treinou com os Gracie, insira elementos deste novo mundo contemporâneo aldeia global de meu deus: youtube, novas mídias e o escambau e utilize artifícios de videoclipe nas cenas de ação. Pronto, para que esperar pelo remake com o filho do Will Smith? Se é que tem alguém ansioso por isso...

eu : -
Tenho um novo filme de luta aqui. É a história de um cara novato numa cidade, que fica afim da garota do rico malfeitor juvenil local. Aí quando começam a implicar com ele, ele procura treinar e tal...tá, vou colocar aqui um pedaço pra tu veres...
irmão: -
Não, coloca logo no final! Melhor, mostra só a parte em que ele come a mulher do cara, depois a luta final, quando ele vence o cara...

É por isso que gosto cada vez mais desse cara e cada vez menos de críticos.



Roda de bluetooth, dois machos suados se agarrando e uma gostosa no meio só para disfarçar.

4 comentários:

Tanto disse...

Cara, teu irmão é um sábio mesmo. Alguns filmes deviam ser vistos dessa forma mesmo. E ele está bem certo, faz dos filmes o que é melhor para ele, não fica que nem um besta, fazendo o que os outros acham melhor. Crítico de cinema, para mim, é raça chata: se não fazemos que nem eles, somos ignorantes. Quero mais fazer, ver, da forma que melhor me vier na cabeça.

Anónimo disse...

Bicho, ja fiz isso diversas vezes. Detesto saber que eu to perdendo meu tempo com o filme... foi assim que eu fiz num filme ai que nao recordo o nome sobre uma mulher que levava um golpe do marido que se fingiu de morto e depois tentou mata-la... égua! quando comecei a ver pensei logo naquele filme risco duplo: "ah nao meu, puta mundo injusto! se for isso eu vou morrer de ódio" dito e feito, pois era o mesminho enredo, ainda bem que eu pulei logo pro final e nao perdi tempo.

conclusão: _)_

HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAH

adoro agressoes.

beijos, uma boa semana!


by: Nega

paulo nazareno disse...

Gracias pelos coments, amigos. Eu continuo vendo filmes de forma aleatória e sem pretensões. Só não consigo mais ver filmes sozinhos. Deve ser uma fase.

Acho (também) esse "Risco Duplo" uma droga.hahaha.

Abraços.

Eric Sampaio disse...

Roda de Bluetooth?