sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
# 140 trechos de Filmes no Twitter [36 a 40]
E estamos de volta para mais uma seqüência de trechos cinematográficos que fizeram história na minha, na sua, nas nossas cabeças de consumidores de qualquer porcaria que passa numa tela de tv.
Notas: 1) Coloco no blog 5 trechos por post. 2) Colocarei só trechos de filmes que eu vi. 3) Os filmes não precisam ser bons ou conhecidos. 4) Às vezes o trecho que considero(lembro) é maior que o limite permitido, então, a parte que saiu no twitter vai estar em azul negrito aqui. 5) Os trechos não precisam ser perfeitos. Pode ter variações, por eu ter visto legendado, dublado ou minha memória falhar. Mas que a idéia confira. 6) Tentarei colocar vídeos dos filmes (ou imagem, cartaz) se possível do trecho em questão (o que é difícil), ou trailer, ou outra cena, o que encontrar. 7) Se der, eu explico o motivo da escolha e representatividade do trecho. É isso.
Do 36 ao 40 agora!
Eu não sei como anda a programação da sessão da tarde hoje, mas acho que Curso de Verão é um desses filmes divertidos que nunca mais passaram, enquanto que cachorros falantes ainda estão com tudo no horário. Para os da minha geração, esta cena de “deu branco” no dia da prova é mais do que clássica, em 0:54.
Filme de kung fu insano dos mais engraçados que já vi. O diretor é uma espécie de Peter Jackson dos filmes de artes marciais. Cabeças explodem com as mãos, enforcamento com tripas e mais doses cavalares de trashismo você encontrará em A História de Ricky. Sem o trecho em questão de quando Ricky chega na prisão, coloco uma das lutas mais absurdas da história do cinema. Recomendado para pessoas de gosto apurado pela sétima arte.
Mais um exercício de dublagem que funciona perfeitamente. Sabe Deus o que Bocão manda o Gordo fazer, nunca ouvi a versão original. Outro trecho marcante é quando Bocão fala em espanhol para a empregada, algo do tipo “se não fizer um bom trabalho vai ficar presa aqui por duas semanas com as baratas, sin água e sin comida!" Quanto ao Gordo dançando lambada, o youtube é exorcista, não deixa eu incorporar. O jeito é clicar no garotinho abaixo.
Todo mundo sabe que o nome dele agora é Zé Pequeno, né? Pois é, eu curto também o trecho em destaque, que na verdade vem logo antes desta máxima que entrou para os anais do cinema nacional. E claro, só achei ela! Mas quem disse que a boca é minha né?
Ganhador do Oscar 93, deu um sopro no gênero western, meio cabisbaixo naqueles idos. Clint Eastwood é um ex-bandido recluso que por problemas financeiros aceita um último "trabalho". William Munny, do Missouri, assassino de mulheres e crianças... e de quase tudo que anda ou rasteja. Se não quiser ver o final do filme, pare depois que ele atira no barman. Trecho em 01:52.
Ufa, agora só faltam 100...
Notas: 1) Coloco no blog 5 trechos por post. 2) Colocarei só trechos de filmes que eu vi. 3) Os filmes não precisam ser bons ou conhecidos. 4) Às vezes o trecho que considero(lembro) é maior que o limite permitido, então, a parte que saiu no twitter vai estar em azul negrito aqui. 5) Os trechos não precisam ser perfeitos. Pode ter variações, por eu ter visto legendado, dublado ou minha memória falhar. Mas que a idéia confira. 6) Tentarei colocar vídeos dos filmes (ou imagem, cartaz) se possível do trecho em questão (o que é difícil), ou trailer, ou outra cena, o que encontrar. 7) Se der, eu explico o motivo da escolha e representatividade do trecho. É isso.
Do 36 ao 40 agora!
[36/140] "Eu não sei nada! Eu não sei naaada!" [Curso de Verão (Summer School - 1987), de Carl Reiner]
Eu não sei como anda a programação da sessão da tarde hoje, mas acho que Curso de Verão é um desses filmes divertidos que nunca mais passaram, enquanto que cachorros falantes ainda estão com tudo no horário. Para os da minha geração, esta cena de “deu branco” no dia da prova é mais do que clássica, em 0:54.
[37/140] "-Você tem 5 balas alojadas no peito, por que não pede pros médicos extraí-las? / - São souvenirs!" [A História de Ricky (1991), de Ngai Kai Lam]
Filme de kung fu insano dos mais engraçados que já vi. O diretor é uma espécie de Peter Jackson dos filmes de artes marciais. Cabeças explodem com as mãos, enforcamento com tripas e mais doses cavalares de trashismo você encontrará em A História de Ricky. Sem o trecho em questão de quando Ricky chega na prisão, coloco uma das lutas mais absurdas da história do cinema. Recomendado para pessoas de gosto apurado pela sétima arte.
[38/140] "Primeiro vai ter que dançar lambada!" [Os Goonies(1985), de Richard Donner ]
Mais um exercício de dublagem que funciona perfeitamente. Sabe Deus o que Bocão manda o Gordo fazer, nunca ouvi a versão original. Outro trecho marcante é quando Bocão fala em espanhol para a empregada, algo do tipo “se não fizer um bom trabalho vai ficar presa aqui por duas semanas com as baratas, sin água e sin comida!" Quanto ao Gordo dançando lambada, o youtube é exorcista, não deixa eu incorporar. O jeito é clicar no garotinho abaixo.
[39/140] "-Qual é Dadinho, chegando assim na minha boca! / - Quem disse que a boca é tua?" [Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles]
Todo mundo sabe que o nome dele agora é Zé Pequeno, né? Pois é, eu curto também o trecho em destaque, que na verdade vem logo antes desta máxima que entrou para os anais do cinema nacional. E claro, só achei ela! Mas quem disse que a boca é minha né?
[40/140] “- Você é um covarde filho da puta! Acabou de atirar num homem desarmado! / - Pois ele deveria ter se armado quando resolveu decorar o bar com o corpo do meu amigo.” [Os Imperdoáveis (Unforgiven,1992), de Clint Eastwood ]
Ganhador do Oscar 93, deu um sopro no gênero western, meio cabisbaixo naqueles idos. Clint Eastwood é um ex-bandido recluso que por problemas financeiros aceita um último "trabalho". William Munny, do Missouri, assassino de mulheres e crianças... e de quase tudo que anda ou rasteja. Se não quiser ver o final do filme, pare depois que ele atira no barman. Trecho em 01:52.
Ufa, agora só faltam 100...
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140 trechos de filmes
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
“Pânico na Floresta”, de Rob Schmidt (2003)
Pânico nas floresta sim, por quê? Vai dizer que é escroto? Vai tirar onda, mermão? Eu acredito que cinema seja indústria e também arte. Julgar que neste caso uma é força contrária à outra, e pior ainda, usar de tal argumento para dizer que tal filme é uma bomba não passa de bobagem. Eu consigo, até com grande facilidade, encontrar chorume tanto nos mega blockbusters da temporada quanto naquele filme de autor ímpar, que gera gozo uníssono na crítica especializada. Você pode não acreditar, mas eu não gosto de cinéfilos – ou quem diz ser um. A cinefilia no meu sangue é zero, por isso eu não ofereço resistência para ver qualquer tipo de filme. Contraditório, não? Pra mim faz sentido. O seu trabalho não precisa ser respeitado, mas pelo menos pode ser colocado à prova por alguém sem nada melhor para fazer - ou que não recebe por isso - diria eu a algum cineasta. Resumindo, hoje não estou nem aí para filmes, só preciso de um argumento simples para vê-los: reunião de amigos, desfrutar da companhia de uma moça agradável, esperar a morte chegar ou ainda...encontrar para meu pai algum filme em que apareça Desmond Harrington.
Todo fim de semana surge uma nova série que vai dar o que falar. Papai e eu resolvemos escolher alguma (mas SÓ UMA) para dar uma olhada, depois que cansamos de destacar vários adesivos de “otário” de nossas testas, vendo LOST, uma nova ciência (Oh, Shit!). Foi então que peguei o primeiro capítulo do serial killer de cereais killers. Provavelmente nós acabaríamos acompanhando a primeira porcaria que caísse em minhas mãos, sorte então Dexter ser uma série das boas mesmo. Lá temos Quinn (Desmond Harrington), um tira meio “não sei cualé a desse cara ainda”. Às vezes ele é boa praça , às vezes dá uns fora de bad cop, enfim, só lembrava deste ator de “Navio Fantasma” – única parte que presta é o videoclipe que explica o que aconteceu no navio. E foi assim que chegamos à "Wrong Turn", que pegou o caminho errado virando Pânico na Floresta por aqui.
O que eu posso dizer é que este filme independente, que custou 10 milhões de dólares, é diversão garantida tanto quanto Avatar, de 400 - ainda não vi este. Deve ser um remake não oficial de uns dez filmes do gênero "jovens perdidos ameaçados por loucos no interior dos EUA". A única novidade é que neste não tem nenhum gordo, só moças esbeltas e magrelícias. Harrington vai sofrer um acidente de carro no meio de uma floresta desconhecida, onde não tem sinal de telefone, junto com rapazes e moças que servirão de alimento para uma família de canibais deformados. Achei bem competente em alguns momentos de tensão e os ângulos escolhidos impedem que algumas cenas sejam ordinárias. Fora isso, o de sempre: quem leva boquete morre, pessoas saem ilesas de cenas em que até o Rambo se machucaria, a polícia nunca fez nenhuma busca no local mesmo com os canibais matando uma penca de turistas por ano... e quem faz boquete morre também.
Um amigo que é professor de uma faculdade particular disse uma vez algo que me espantou. Os alunos dele (universitários, o que é pior) têm um grande problema em entrar em contato com coisas velhas. Outro dia ele passou pra moçada “Um Sonho de Liberdade”(1994) e neguinho reclamou que era uma merda, por ser filme velho e coisa e tal. Então, digamos que Pânico na Floresta é o filme que você deve passar para essa galera que tem resistência a ver filmes idosos de terror como Amargo Pesadelo, Quadrilha de Sádicos, O Massacre da Serra Elétrica. É isso. Ou seja, sem utilidade alguma...já que esses moleques cretinos deveriam continuar vendo High School Musical mesmo.
O que eu posso dizer é que este filme independente, que custou 10 milhões de dólares, é diversão garantida tanto quanto Avatar, de 400 - ainda não vi este. Deve ser um remake não oficial de uns dez filmes do gênero "jovens perdidos ameaçados por loucos no interior dos EUA". A única novidade é que neste não tem nenhum gordo, só moças esbeltas e magrelícias. Harrington vai sofrer um acidente de carro no meio de uma floresta desconhecida, onde não tem sinal de telefone, junto com rapazes e moças que servirão de alimento para uma família de canibais deformados. Achei bem competente em alguns momentos de tensão e os ângulos escolhidos impedem que algumas cenas sejam ordinárias. Fora isso, o de sempre: quem leva boquete morre, pessoas saem ilesas de cenas em que até o Rambo se machucaria, a polícia nunca fez nenhuma busca no local mesmo com os canibais matando uma penca de turistas por ano... e quem faz boquete morre também.
Um amigo que é professor de uma faculdade particular disse uma vez algo que me espantou. Os alunos dele (universitários, o que é pior) têm um grande problema em entrar em contato com coisas velhas. Outro dia ele passou pra moçada “Um Sonho de Liberdade”(1994) e neguinho reclamou que era uma merda, por ser filme velho e coisa e tal. Então, digamos que Pânico na Floresta é o filme que você deve passar para essa galera que tem resistência a ver filmes idosos de terror como Amargo Pesadelo, Quadrilha de Sádicos, O Massacre da Serra Elétrica. É isso. Ou seja, sem utilidade alguma...já que esses moleques cretinos deveriam continuar vendo High School Musical mesmo.
"Galera, tenho uma boa e uma má notícia. A má é que este filme terá continuações incomensuravelmente desnecessárias; a boa é que nós só aparecemos no primeiro"
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Cineclube
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
"Gran Torino", de Clint Eastwood (2008)
Um amigo achou excelente o filme “A Troca” e ficou disposto a ver todas as cenas que Clint Eastwood já dirigiu na vida. Na minha ignorância de lembrar vagamente de Clint como Dirty Harry e Bronco Billy, imaginei que dirigir filmes para ele fosse algo mais contemporâneo, de "Os Imperdoáveis" para cá. O que eu não sabia, e Eric talvez não saiba, é que o velho vem dirigindo filmes desde 1971. O que dá uma porrada de horas/filme para nossas retinas!
Interessado em saber qual a magia deste senhor, que consegue fazer um filme bom (senão forem, são acima da média) por ano (quando não, dois), e sem ter realmente nenhuma opção feminina para fazer algo melhor, resolvi ver “Gran Torino”... e descobri duas coisas:1) Gran Torino é um carro antigo produzido pela Ford entre 1968 e 1976; 2) Ninguém pode ser tão fodão aos 80 anos.
O filme é a história de um velho xenófobo e rabugento que fica amigo de um maldito amarelo!(Rá) Walt Kowalski (Eastwood) é o condecorado veterano de Guerra (a da Coréia) que acaba de perder a esposa, tem filhos interessados em colocá-lo num asilo e mora sozinho cercado de imigrantes da faixa pobre asiática por todos os lados. Ele é completamente amargurado pelas escrotices que cometeu no passado e a pouca diversão que lhe resta é xingar o barbeiro italiano, dar um trato no seu possante – o do título – e tomar uma birita na varanda com sua cadela Daisy.
Os vizinhos da esquerda são uma família de hmongs – orientais que adoram dar presentes. O velhaco os odeia. Aliás, ele odeia muita coisa, dos discursos do Pe. Fábio de Melo à moda e os novos costumes dos juvenis – ou seja, um sério candidato a herói da terceira idade. O fato é que o garoto vizinho Thao é assediado pelo primo a entrar em sua gang, yeah! E você não faz idéia de quanto esses caras enchem o saco. Após um ritual de iniciação frustrado, em que Thao fracassa ao tentar roubar o Gran Torino e um barraco que é armado na casa dos hmongs, Kowalski afronta a tal gang armado de seu fuzil velho de guerra. Daí você já deve ter idéia do que acontece quando Clint Eastwood bate de frente com gangs...vai dar merda!
Envergonhados por Thao ter tentando roubar-lhe o carro, os vizinhos deixam o garoto a sua mercê como trabalhador voluntário. Daí segue Clint se aproximando cada vez mais do moleque, dando conselhos e fortalecendo vínculos que parecem dar início a uma bela amizade. Palavras de como lidar com pessoas, garotas, trabalho, etc.
A meu ver, o bom é que Walt Kowalski é um velho rabugento, mas não se acha um exemplo de vida. Porque sabemos que pessoas que se acham um exemplo de vida são um chute no meu saco com os dois pés.
"Gran Torino" é um belo filme sobre amizade. É um drama, mas não peca como as matérias jornalísticas da Rede Globo, que tentam te fazer chorar a qualquer custo. É por vezes engraçado até. E o final acaba sendo mais realista e não usual, afinal, como disse no início...nenhum senhor muito idoso pode ser tão fodão como era antigamente. O que é válido para o personagem, não para o ator/diretor. Este sim, acho um sujeito mais fodão hoje aos 80 anos.
Interessado em saber qual a magia deste senhor, que consegue fazer um filme bom (senão forem, são acima da média) por ano (quando não, dois), e sem ter realmente nenhuma opção feminina para fazer algo melhor, resolvi ver “Gran Torino”... e descobri duas coisas:1) Gran Torino é um carro antigo produzido pela Ford entre 1968 e 1976; 2) Ninguém pode ser tão fodão aos 80 anos.
O filme é a história de um velho xenófobo e rabugento que fica amigo de um maldito amarelo!(Rá) Walt Kowalski (Eastwood) é o condecorado veterano de Guerra (a da Coréia) que acaba de perder a esposa, tem filhos interessados em colocá-lo num asilo e mora sozinho cercado de imigrantes da faixa pobre asiática por todos os lados. Ele é completamente amargurado pelas escrotices que cometeu no passado e a pouca diversão que lhe resta é xingar o barbeiro italiano, dar um trato no seu possante – o do título – e tomar uma birita na varanda com sua cadela Daisy.
Os vizinhos da esquerda são uma família de hmongs – orientais que adoram dar presentes. O velhaco os odeia. Aliás, ele odeia muita coisa, dos discursos do Pe. Fábio de Melo à moda e os novos costumes dos juvenis – ou seja, um sério candidato a herói da terceira idade. O fato é que o garoto vizinho Thao é assediado pelo primo a entrar em sua gang, yeah! E você não faz idéia de quanto esses caras enchem o saco. Após um ritual de iniciação frustrado, em que Thao fracassa ao tentar roubar o Gran Torino e um barraco que é armado na casa dos hmongs, Kowalski afronta a tal gang armado de seu fuzil velho de guerra. Daí você já deve ter idéia do que acontece quando Clint Eastwood bate de frente com gangs...vai dar merda!
Envergonhados por Thao ter tentando roubar-lhe o carro, os vizinhos deixam o garoto a sua mercê como trabalhador voluntário. Daí segue Clint se aproximando cada vez mais do moleque, dando conselhos e fortalecendo vínculos que parecem dar início a uma bela amizade. Palavras de como lidar com pessoas, garotas, trabalho, etc.
"Gran Torino" é um belo filme sobre amizade. É um drama, mas não peca como as matérias jornalísticas da Rede Globo, que tentam te fazer chorar a qualquer custo. É por vezes engraçado até. E o final acaba sendo mais realista e não usual, afinal, como disse no início...nenhum senhor muito idoso pode ser tão fodão como era antigamente. O que é válido para o personagem, não para o ator/diretor. Este sim, acho um sujeito mais fodão hoje aos 80 anos.
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